Deixa-me falar de ti …
Numa cadeira me sentei
À minha frente uma cadeira vazia …
Tenho em mim o difícil da escuridão e do vazio
A necessidade de uma maneira de olhar diferente.
Tento escutar poemas de amor
Que de dentro de mim tiro
Escrevo versos como quem colhe flores
Pacientemente escorrem como o silêncio,
Na esperança de falar de ti.
Neste vazio, neste silêncio …
Consigo ver-te, ouvir-te …
… mesmo falar-te.
Sim, não é fácil!
Um olhar em cada dia,
Que em cada dia toma conta de mim,
Para me deixar a falar todo para ti.
Não tenho a medição do tempo,
Porque não têm medida as horas, os dias, os anos ...
Tenho apenas a luz que brilha na escuridão,
Ou tenho somente o que quero para mim agora.
(Mário Xaqueta)
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