18 de fevereiro de 2013

Lurdes Breda: escritora do mês de fevereiro

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      "Lurdes Breda... 
    Mas afinal quem é Lurdes Breda?", questionava um dos nossos alunos quando lhe comunicámos o nome do escritor do mês de fevereiro. Deveras, o nome não é daqueles retumbante da literatura portuguesa  que nos vem logo à memória como Fernando Pessoa, Sophia Andresen ou Alice Vieira. Mas, fazendo uma simples pesquisa sobre esta singular escritora, rapidamente nos apercebemos que os prémios conquistados fazem dela não apenas uma escritora reconhecida, como também uma mulher de mérito e valor. É autora de vários livros como "O relógio que tem a barriga a dar horas", "Para ti, mãe", "O abade João", "Zuleida, a princesa moura", entre outros. 
     Como fevereiro é o mês dos enamorados,  é da lenda "Zuleida, a princesa moura" que vamos aqui falar um pouco para te aguçar o apetite para a literatura tradicional que nos transporta, pela magia da autora, para outros tempos no concelho de Montemor-o-Velho.
      Zuleida era uma cobiçada princesa moura que vivera na época das lutas entre cristãos e muçulmanos. O seu pai, o rei Benalfagi, vangloriava-se da sua bela filha que era conhecida como "Flor do Mondego". Infelizmente, Zuleida perdera a mãe quando nascera. Com dezoito anos de idade, resolveu vestir os seus mais belos trajes e adornar-se das mais belas joias e, na companhia de Olaia a sua aia preferida, resolveu confessar-lhe que estava apaixonada por um cavaleiro que se sentava todas as tardes no sopé do castelo de Montemor-o-Velho. Certo dia, dois cavaleiros cristãos dirigiram-se ao palácio do rei mouro. Eram D. Álvaro e D. Mem. Ao vê-los da janela do Castelo, Zuleida reconheceu os rostos não de um, mas de dois cavaleiros por quem se apaixonara e que ela apenas avistara ao longe. Sem saberem e amigos de armas, os dois cavaleiros também reconheceram em Zuleida o rosto da sua amada. Ao aperceberem-se de tal situação, os dois jovens olharam-se num ódio sem fim. Tinham-se apercebido que eram rivais no amor. Resolveram confrontar-se em duelo. Zuleida, por amor aos dois, resolveu disfarçar-se de cavaleiro negro (D.Mem) e defrontar D. Álvaro. Este, ao pensar que era o seu adversário, com um duro golpe, tombou-a por terra. Quando o verdadeiro D. Mem chegou ao local do combate e olhou para os olhos do seu adversário, apercebeu-se em simultâneo com o amigo que quem jazia no pó do terreno era Zuleida, a linda "Flor do Mondego". A princesa sacrificou-se para salvar a vida dos seus apaixonados e todos os anos, no local onde foi derramado o seu sangue, nascem belas flores e por magia, rosas silvestres que ao perderem as pétalas parecem chorar a perda da jovem.
     Esperamos que tenhas curiosidade e leias o livro. Clica também nas palavras destacadas para saberes mais sobre a autora. Boas leituras! 

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